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domingo, 13 de abril de 2014

Deputado Cabo Maciel diz que diretores de presídios no Amazonas são mandados por presos ligados ao tráfico e ao crime organizado

Dep. Cabo Maciel

Às vésperas da Copa do Mundo de Futebol, quando milhares de turistas de diversas partes do mundo se deslocarão para Manaus, o sistema penitenciário estadual continua sendo alvo de polêmica pelas facilidades que favorece aos bandidos de diversos matizes, inclusive os diretamente comprometidos com o tráfico de drogas e o crime organizado.

Ontem, em contundente pronunciamento na Assembleia Legislativa, o deputado estadual Cabo Maciel (PR), presidente da Comissão de Segurança da Aleam, detonou o sistema, confessando indignação com o que viu em recente visita à Cadeia Pública Raimundo Vidal Pessoa e a outros presídios à mercê dos bandidos e com policiais e agentes penitenciários relegados à própria sorte.

Com a solidariedade dos deputados José Ricardo Wendling (PT) e Sidney Leite (DEM), Maciel disse não haver dúvidas sobre a precariedade dos presídios, onde os valores se invertem. Os bandidos, na realidade, dão as cartas, e os policiais e agentes apenas se submetem. “O que prevalece nos presídios são as ordens que partem de dentro das celas”, afirmou Cabo Maciel ao CORREIO DO ZACA.

O deputado garantiu que convidará o secretário de Justiça, coronel Louismar Bonates, para acompanhar a Comissão da Aleam em nova visita à Raimundo Vidal para ver in loco a situação de abandono e de terror existente ali. “Os presos estão mandando nos diretores de presídios em todo o Estado do Amazonas, eu tenho certeza, e é preciso dar um basta em tudo isso”, enfatiza.

Secretário de Justiça Louismar Bonates

De acordo com Cabo Maciel, os presídios hoje, na capital e no interior do Estado, são totalmente comandados pelos bandidos a serviço do tráfico e do crime organizado. Não é à toa que Manaus, por isso mesmo, está sendo vista como a cidade do crime depois que levantamento de uma Ong mexicana a classificou entre as 16 cidades mais violentas do País.

Nos presídios, por um lado, os bandidos ditam normas de comportamento aos policiais e usam celulares à vontade, falando com seus advogados ou tratando dos negócios relacionados ao tráfico.
Do outro, os agentes penitenciários trabalhando em regime de escravidão, pela hora da morte, sem nenhuma condição e expostos a sérios problemas de saúde em razão do ambiente fétido e de total degradação onde atuam.

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